terça-feira, 30 de abril de 2013

Acho atormentador o que aqueles olhos castanhos são capazes de fazer. Provocam tsunamis em lagos, reinventam a atmosfera... reagem com o meu olhar gerando reações físicas indescritíveis. Acho fascinante o que aquelas almas pluralizadas são capazes de fazer. Cada uma cumprindo seu papel na não-definição de um único ser. É encantadora a sequência de movimentos gerada com as mãos e braços, pés e pernas, formando uma conjuntura que não cabe em si. Transborda, arremessa-se do corpo pertencente e para aqui. Pára em mim sem respingar, sem atingir o que está perto, sem permitir estar em outro lugar. Laços inquebráveis formados pelo encontro do eu interior no outro... dedos que se perdem no curto espaço que distancia uns e outros e, assim, apertam-se os laços com cuidado para que não virem nós... ou permitindo que virem(os) nós. Nós sem desatar-nos, precisantes um do outro para um único fim: a existência dos múltiplos nós, formados de outros múltiplos eus, particularizados na existência das instâncias que saltam dos lábios e se entendem nos corpos...


...cautelosos passos são dados unindo vontades que se entendem.